quarta-feira, junho 20, 2018

Desinspiração

Existem alturas da tua vida em que parece que ficas bloqueado.

Apetece-te escrever, começas a rabiscar uma folha em branco e tanto vais escrevendo como logo atrás já estás a riscar. Parece que a inspiração te abandonou.

É nestas alturas que descobres que, se algum dia, por algum motivo, te passou pela cabeça escrever um livro... é o destino dizer pára!

Apesar de achar que às vezes até saem algumas textos engraçados (com algum sentido, e sentimento, pelo menos para mim), ultimamente essa inspiração tem sido, como dizer, nula! Não nula de 0, mas nula de aquela palavra, ou frase que te vem à cabeça, não ter continuação.

Não abandonei a escrita, e apesar de tencionar escrever mais vezes, a inspiração tem faltado. Será que estou a forçar demasiado a barra e para me castigar ela não tem aparecido?

Na verdade, acho que é um pouco à imagem deste blogue. Com altos e baixos, inclusivamente às vezes fecho-o temporariamente porque preciso de seguir em frente e é maneira de não ter acesso. Pelo menos, lembrar-me que o caminho está fechado. E ter que seguir outros caminhos de modo a poder dar seguimento, mesmo que não siga para lado nenhum. Que em bom rigor é exactamente isso que acontece. Eu sei que vos possa parecer confuso, mas eu sei o que quero dizer. E como ninguém está a ler isto, está tudo bem!

E era isto que queria desabafar contigo blogue.

domingo, abril 22, 2018

720

Olá blog!
Como estás tu?!

Deves estar a pensar que número tão grande é este que te dei para um título de um tão pequeno texto.

São as horas que passaram desde a última vez que tive notícias dela por parte dela, blog! Sim, já lá vai um mês. Não, não passou assim tão rápido como estas palavras fazem parecer. Aliás, apesar da chegada da noite às vezes me dar um pouco mais de descanso, ainda pouco mudou...

Talvez dê uma média superior ao número de dias que passaram, as vezes que escrevi e que apaguei. As palavras escritas que não chegaram ao destino; os convites que que não chegaram a ter ponto de interrogação; um simples olá como estás, à espera de uma resposta sincera e não meramente cordial; tudo isto tem ficado bloqueado nos rascunhos. Não por falta de vontade, porque sinto necessidade de saber dela. Mas por aceitar a sua decisão. A sua decisão de cada um seguir um caminho diferente, porque os sentimentos que nos uniram, findaram...
...

segunda-feira, março 19, 2018

Ao meu pai,


Amo-te! Amo-te com a mais pura da inocência!
Amo-te! Amo-te quando estou de olhos abertos!
Amo-te! Amo-te quando estou de olhos fechados!
Amo-te! Amo-te com cada gota do meu sangue!
Amo-te! Amo-te quando estou chateado contigo!
Amo-te! Amo-te quando acho que me estás a magoar!
Amo-te! Amo-te quando te magoo!
Amo-te! Amo-te com a saudade de dizê-lo ao teu colo!
Amo-te! Amo-te com a saudade de gritá-lo!
Amo-te! Amo-te quando não te falo!
Amo-te! Amo-te quando não desabafo!
Amo-te! Amo-te quando não me vês chorar!
Amo-te! Amo-te quando não me vês sorrir!
Amo-te! Amo-te quando estou ausente!

Amo-te, meu pai! Amo-te com a mais pura da inocência, que amo minha mãe!

terça-feira, março 13, 2018

Sono dissolvente


Depois daquela noite, que não devia ter terminado e durado para toda a eternidade... Ficou uma promessa. Ontem ficou cumprida. Enviei-te um pouco de mim. E para não variar, o sono dissolveu. E foi mais uma noite a ver as horas passar. Parece que relembrei cada passo dado. Todo aquele ritual de um puto que vai sair pela primeira vez à noite com uma amiga especial até ao beijo de despedida. Talvez por isso a noite foi infinita. Não a dormir, mas a recordar uma noite mágica. Que parece ter saído de um conto!

Se a vida é feita de momentos de felicidade, senão podermos ser felizes sempre, destino dá-me momentos como aqueles.
Mas a vida não é um conto de encantar. Cais na realidade.
Li, reli, chorei e voltei a chorar.

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

Os sonhos…


Querido blogue. a noite passada sonhei com ela. Já era quase manhã, ou então foi só impressão minha… sei que ao acordar do sonho, e antes de voltar a adormecer, ainda tive um bom bocado acordado e onde voltaram aquelas memórias que ainda à poucos dias te falei.

Não sei se o sonho é sinal que não passa disso mesmo, um sonho. E o meu subconsciente começa a perceber isso… da realidade passou a um sonho; que vivi, e do tempo o qual que passei ao lado dela jamais esquecerei, mas sabe que não voltará mais. Ou se ainda é daqueles sonhos concretizáveis e que ainda vale a pena sonhar, e está-me a alertar para não desistir dela… !

Isto não está a ser fácil, blogue! O meu coração continua apertado! E a minha cabeça confusa! Mas estou a tentar assentar… e sorrir para a vida (que tantos sonhos já me realizou!), porque o amanhã poderá trazer-me novos sorrisos… ou quiçá os mesmos…

domingo, fevereiro 04, 2018

E quando a noite cai…


… o que resta?

Esperar ansiosamente que o sono se transforme em pedra para conseguir dormir; adormecer; para conseguir descansar o corpo e a alma.

É o que tem acontecido, desde a noite do meu aniversário. Dia da separação. Meu querido blogue: tu que recebeste as escritas dos meus pensamentos, tantas vezes reescritos… tu sabes o quanto eu amo aquela mulher, a mulher que tens na tua base de dados. A P.B., blogue!

Lembraste daquele dia? Em que tinha medo de adormecer? A vida dá tantas voltas, querido blogue! Hoje queria adormecer, da mesma forma que adormecia ao lado dela… que ela me falava e já não lá estava!

Vêm-me memórias à cabeça… são tantas, tantas que se atropelam umas às ouras! Sabes, vou ter que voltar a sonhar… e que um dia voltarei para aquela mulher! Até lá… acho que vais voltar a ter notícias minhas com mais frequência.

No entanto, terei que seguir em frente. Só não quero que fiques magoado com ela. Fui extraordinariamente feliz, tive momentos que pura felicidade! Foram 10 anos maravilhosos da minha vida! Quero que me ajudes a mostrar aos meus pais que estou orgulhoso por ter tido ao meu lado uma mulher maravilhosamente linda; inteligente e meiga!

Ela mostrou-me que o Amor existe, mas que se não for regado um bocadinho todos os dias, também acaba! E está nas nossos mãos saber fazê-lo.


E quando a noite cai, vem o silêncio. O duro silêncio da noite.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Recordações [I]

Como isto está parado, venho cá reviver memórias... de textos escritos, que mais gostei de partilhar.

Trago cá uma recordação de um tempo pouco longínquo. Que a memória faz ser imortal.

Querido Pai Natal,

Sabes que nunca fui pessoa de pedir prendas. Na verdade sempre tive tudo, conforme a idade que tinha, sem precisar de pedir… fui um privilegiado nesse sentido.

Agora que estamos a poucos dias desse dia tão esperado por muitos… escrevo-te não para te pedir uma prenda, até porque nesta altura já deves tudo pronto, mas para te agradecer por tudo o que me deste e tens dado.

Agradecer-te pela força que me tens dado para continuar a viver, e que apesar das contrariedades que têm surgido ao longo da vida me tens proporcionado muitas alegrias, novos desafios e algumas provas de fogo.

Agradecer-te pela família que me deste, que é a grande base da minha vida. São as pessoas que mais amo no mundo. Por vezes discutirmos por divergências de opiniões, ideais, ou por desconhecimento de causa sobre certas coisas que têm… mas eles sabem que são únicos. Tenho a certeza que fui o eleito para ter a melhor família do mundo.

Mas isto poderia te escrever todos os anos, todos os natais, e provavelmente em qualquer altura do ano… ao contrário do que aconteceu no dia 9 de Dezembro. Fizeste com que conhecesse a minha miúda, a mulher dos meus sonhos, a pessoa que passo todas os dias a pensar… a pessoa que me devolveu o sorriso – esperando ansiosamente que os domingos cheguem para ver e tocar no dela.

Costumam dizer que o destino dá oportunidade a toda a gente para ser feliz, restando depois sabermos agarra-la. Se foi com ela que o destino quis que tivesse essa oportunidade, então Pai Natal… eu não vou a deixar fugir!