segunda-feira, junho 22, 2009

Lembrar o passado

Foi no nosso primeiro olhar que o meu coração disparou, e jamais parou. Foi o encontrar um carregador de baterias que, apesar de distante, é acolhedor.

Já nem as ondas do mar poderiam fazer o teu lugar, apesar da sua força ser sub-humana. A escolha de ter ido em busca um tesouro desconhecido de uns caracóis em tubo são o melhor da semana. O abraço, o aconchego, o beijo, o sorriso.

Apesar de, por vezes, o cansaço desejar esperar por ti, nada mais vale a pena de conseguir ficar ao pé de ti mais umas horas do que assim fosse.

A beleza do teu coração é, e sempre será, bem superior que qualquer Barbie carregada de belezas superficiais que todos a olham de cima a baixo, mas que jamais desejarão tê-la, por perto, depois de não conseguirem sentir o seu coração...

A tua confiança em mim é importante, e sei bem que foi um pouco complicado saberes de um reencontro, mas que faz e apenas fará parte de um passado. Porque por mais sentimentos que tivesse havia no passado, existem momentos, palavras, atitudes, gestos, que são bem pior que uma traição descaída.

A Ti, P.B.!

sábado, junho 20, 2009

A decisão de voltar

Não foi fácil, não foi pacifica, não foi precipitada. Passaram-se mais de 6 meses desde a minha retirada que não foi igualmente fácil, nem pacifica, mas precipitada.

Retirei-me magoado com certas situações, admito. Talvez o meu último texto tenha sido demasiado duro e forte, hoje consigo ver isso. Talvez não tenha sido a melhor forma de dizer que já não dava mais depois do tempo que aqui passei, as horas que dediquei, as ideias que troquei, de todos os comentários positivos. A verdade é que irão ficar muitos porquês por responder...

Foi uma decisão errada.

Nos últimos meses, dava por mim a reler cada texto escrito, cada comentário recebido. A perguntar-me se tinha tomado a melhor decisão. Reli dezenas de vezes o último texto e perguntei-me, será que fui justo? Primeiro comigo e depois com os que cá visitaram e comentaram…

Hoje quero recuperar o tempo perdido. Fazer do Canto o que sempre foi. Fazer deste blog aquilo para que ele nasceu. Eu preciso do Canto, e talvez o Canto precise de mim. Costuma-se dizer que só faz falta quem cá está. Eu quero fazer falta à blogosfera, eu quero dar nome à blogosfera de Vizela.

E porque? Porque eu tenho saudades desde tempo, onde fazia o que gostava. Onde consegui mostrar ao mundo que olha de lado para quem tem problemas de saúde está a cometer o maior erro das suas vidas. Porque somos todos iguais. Só precisamos de uma oportunidade. O Canto foi a oportunidade que encontrei para me tornar igual aos outros.

Decidi voltar.

Aqui. Ao Canto. Volto com a palavra atrás. Eu sei. Podem-me acusar de falta de palavra. Podem. Mas não faria sentido voltar a criar outro blog. Não conseguia a mesma motivação, estaria a cada publicação a pensar no Canto. Não seria a mesma coisa. Apesar de saber que talvez a começar desde início conseguiria outra projecção. Mas o Canto nasceu para mim e não para os outros. Apesar de saber que vos devo uma palavra. Não de desculpas, mas um pedido de compreensão por esta decisão e pela anterior.

Espero que me aceitem de volta, tal como eu espero vos ter de volta.