sexta-feira, dezembro 15, 2006

Portugal: País da justiça medonha?

Na Alemanha, o tribunal superior confirma prisão do árbitro Robert Hoyzer por corrupção. Será que quando se souber dos verdadeiros resultados do “Apito Dourado”, o(s) senhor(es) responsáveis vão ter o mesmo destino? Ou a nossa justiça continua com a mesma injustiça?

“O tribunal superior de recurso de Leipzig confirmou a pena de dois anos e cinco meses de prisão ao árbitro Robert Hoyzer, por falsear resultados.
Hoyzer, o principal rosto do processo de corrupção investigado na Alemanha, foi considerado culpado em 2005 de falsear jogos no âmbito de um esquema de apostas fraudulentas.
O tribunal de Leipzig rejeitou ainda os recursos de mais cinco réus.”

Só nesse dia valerá a pena gastar dinheiro e sofrer pelo futebol…

3 comentários:

Anónimo disse...

Morgado com poderes para abrir novos processos no futebol



Carlos Rodrigues Lima e Eduardo Dâmaso

Ao fim de mais de quatro anos "encostada" no Tribunal da Relação de Lisboa a analisar recursos, Maria José Morgado vai regressar à investigação criminal. E com plenos poderes para investigar todos os processos que nasceram do "Apito Dourado" (que se encontra na fase de instrução no Tribunal de Gondomar). As competências da magistrada, segundo explicou ao DN o procurador-geral, Pinto Monteiro, vão para além da análise das certidões extraídas. Morgado poderá abrir novas investigações sobre a corrupção no futebol.

O despacho de nomeação de Maria José Morgado (a "primeira escolha" de Pinto Monteiro, segundo o próprio) foi assinado ontem por Pinto Monteiro e será hoje comunicado às procuradorias distritais. O documento é claro: a magistrada terá "competência exclusiva" para as 61 certidões do "Apito Dourado" que ainda se encontram pendentes (das 81, 18 já foram arquivadas, tal como o DN avançou ontem). Isto permitirá a Morgado seleccionar quais os processos que pretende avocar para serem investigados pela sua equipa que deverá ficar definida hoje numa reunião com Pinto Monteiro.

DCIAP paralelo

Essa equipa terá, no máximo, dez pessoas entre magistrados do Ministério Público, inspectores da Polícia Judiciária e funcionários judiciais, com competências para investigar em todo o território nacional, à semelhança do que acontece com o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Um comunicado difundido pela PGR, ontem, vai neste sentido, afirmando que a equipa de Morgado terá poderes para "dirigir e coordenar a investigação de todos os inquéritos já instaurados ou a instaurar, conexos com o processo "Apito Dourado".

Uma das primeiras acções desta equipa será ouvir a ex-companheira de Pinto da Costa. Carolina Salgado, em livro recentemente publicado, revelou um conhecimento pessoal de situações que podem constituir crime. A própria Maria José Morgado já afirmou publicamente que Carolina Salgado "é uma colaborante na descoberta da verdade", pelo que "merece protecção".

Hermínio saúda escolha

Instado pelo DN a comentar a nomeação de Maria José Morgado, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Hermínio Loureiro, disse: "Na sequência da reunião que tive com o procurador-geral da República, a meu pedido, tive conhecimento que o processo 'Apito Dourado' é prioritário. Tudo o que for feito para afastar o clima de suspeição no futebol português é bem-vindo. Se a doutora Maria José Morgado é a escolha do procurador, de certeza que é a melhor escolha."

Contactada pelo DN, Maria José Morgado não quis prestar qualquer esclarecimento adicional à sua nomeação como "superprocuradora" para a corrupção no futebol.

1/2Kg de Broa disse...

Para mim o problema resume-se na rapidez da justiça. A juventus foi para a 2ª divisão, o Milan, Fiorentina, etc ficaram com menos pontos e tudo isto num espaço de 3 meses. Curiosamente esses meses coincidiram com as... férias.

Migas-o-Sapo disse...

Bem, faço minhas as palavras dum homem que dizia:

"A justiça em Portugal é como a Nossa Senhora, tem de aparecer de vez em quando para que acreditemos nela."

Eu sou uma pessoa de fé mas acho que me vou tornar bandido. É que em Portugal o crime compensa... e muito!