Quando era criança queria ser... (Desafio I)

Como não poderia deixar de ser, porque era pouco ético e, acima de tudo, porque a vida é feito de desafios diários, aceitei com agrado o repto que me foi lançado pelo Sr. Prof. José Manuel Faria.
O que queria ser quando era criança? Se, por um lado, a palavra “criança” já não faz muito sentido em mim (como jovem que sou), por outro, não é menos verdade que ainda gostava de ter a responsabilidade de uma criança; a inocência de uma criança… ser criança! Não quero com isto dizer, que não gosto de crescer e ter responsabilidades (porque gosto, e mal de mim se isso não acontecesse naturalmente); ou que não sou uma pessoa pura, porque acho que sou. Mas, acima de tudo, porque é belo o mundo das crianças e gostava que o dos adolescentes e adultos também assim fosse (e só com um pouco de crianças dentro de nós isso será possível)! Sem guerras, sem pobreza, sem preconceitos, sem juízos de valor pela simples aparência…
Na verdade, pouco me lembro do que gostaria de ser… mas era algo que talvez a maior parte das crianças sonham: algo a ver com o futebol (lembro-me de dizer que um dia seria o presidente do SLB), ou também piloto de Fórmula 1. Não me lembro de ser sempre pelo Glorioso (até que tenho uma ideia, ainda que remota, de antes do Benfica, tinha uma simpatia pelo rival FCP), mas quando realmente abri os olhos, e comecei a ter opção própria (não estando sob influência de ninguém), vi quem era, na realidade, o melhor. O gosto por carros, em particular por F1, tornou-se quase um vício em criança (passava horas e horas a jogar, na antiga “Mega Drive”, um jogo de F1, e mais tarde no PC). Actualmente, o gosto pela F1 é quase nulo, embora continue a acompanhar, de uma forma bastante superficial, a actualidade deste desporto automóvel. Já com o Benfica, a coisa é bem diferente, a paixão é cada vez maior (no entanto, sempre racional, sem fanatismos porque, acima de tudo, gosto de desporto). Mas nunca fui de sonhar muito com algo em concreto de modo a tentar sequer seguir esse sonho de criança.
Contudo continuo a sonhar, talvez inocentemente porque sei da realidade onde vivo e de como vivo. Acredito que o verdadeiro amor existe (apesar dos divórcios, hoje em dia, serem mais do que os casamentos); que as pessoas são sinceras com o próximo (que a mentira não existe); que não existem pessoas interceiras e falsas. Sonho também que um dia conseguirei ser pai de um filho adoptivo (seja sozinho ou com uma parceira, estando casado ou não)… Mas acima de tudo, tal como toda a gente, sonho em ser feliz! Mas ainda não sou? Claro que sim (ainda que essa felicidade seja limitada), tenho uma família que adoro e que me adora (e é graças a ela que hoje estou aqui, com vontade de viver). Tenho poucos amigos (é certo), mas são verdadeiros e sei que posso contar com eles em qualquer altura da minha vida, seja em que situação estiver. E estas duas coisas são as mais importantes na minha vida!!!
Hoje estou no 12º ano do Curso Tecnológico de Informática. Não sei se o futuro irei trabalhar nesta área ou noutra, mas acima de tudo quero acabar, com sucesso, o 12º (não sei se conseguirei fazê-lo este ano ou precisarei de mais um ano para conseguir esse objectivo, mas tentarei tudo o que poder para que isso aconteça) e depois logo se verá.
E está cumprido o desafio! Sei que fui um pouco extensivo demais… mas era preciso para dizer aquilo que realmente queria e sentia. E mais uma vez, obrigado pelo desafio Sr. Prof.! :)