É a pergunta que o "Notícias de Vizela" neste última edição...
Tudo bem que os estudos hoje em dia são a coisa mais importante para a realização profissional, mas que motivação têm as pessoas que agora estão na dúvida: entrar ou não entrar para a universidade?!
Entrar e gastar centenas de contos para depois de lutar e estudar e formar-mos numa coisa que sempre sonhamos e gostamos, para chegar ao mundo cá fora e não termos emprego, não termos colocação? Afinal este esforço todo foi para... nada!
Hoje em dia, o "canudo" serve apenas, tal como senão o tivermos, para se tivermos um sr. "cunha", que nos coloque aí onde nós queremos...
Para um estudante é difícil e complicado entender isto, e depois claro, vão todos para a vizinha Espanha e por essa Europa fora... Ainda mais difícil é quando não se entre por causa de muitas vezes de uma décima por causa de um professor que não gosta do nosso corte de cabelo...
Depois claro, temos muitos desempregados e muitos deles com canudos de doutores, engenheiros, professores, e isto porque? Porque como é óbvio não se submeter a trabalhar em construção civil ou em têxteis quando têm um canudo daqueles...
Será que vale a pena fazer tantos esforços mentais, psicológicos e por vezes físicos para depois de tudo, irmos para a maior emprega de Portugal? O desemprego...
5 comentários:
Criem-se escolas profissionais.
Nas antigas escolas industriais e comerciais formaram-se muitos pais dos actuais licenciados sem saídas.
E foram, ou ainda são trabalhadores bastante válidos nas várias áreas profissionais.
Portugal ainda é um País com poucos licenciados, vale apena ter canudo, o problema são as políticas de emprego governamentais com pouco investimento público. Sabias que as médias de habilitações dos empregados são superiores às dos patrões!
As antigas escolas profissionais precisam de ser reinventadas pois fazem falta ao país. Mas indo à questão dos licenciados no desemprego quero dizer que em primeiro lugar, um curso superior é sempre uma mais valia, se não for profissional, é pessoal. Orgulho-me de na universidade ter aprendido, em primeiro lugar, a "duvidar" de tudo, ou seja não receber nada como um dado adquirido e fazer sempre a minha interpretação. Isto ensinou-me a olhar um problema, fazer a sua análise e procurar a resolução sem fórmulas pré-fabricadas.
Assim, um curso superior nunca é uma perda de tempo, nem de dinheiro. No entanto é preciso não ficar preso aos conteúdos do curso, é preciso abrir horizontes noutros campos e acima de tudo saber ser polivalente para enfrentar a vida profissional. Este é o testemunho que posso dar a quem está na situação de licenciado desempregado.
Há 6 anos quando terminei o curso, na minha área profissional ainda não havia falta de emprego, tanto, que mal acabei os exames da universidade consegui estágio e consequentemente fiquei com o lugar na empresa, mas 2 anos depois fiquei desempregado e estive nessa condição 7 ou 8 meses. O importante nesse tempo foi não desistir de procurar e de tentar e também aproveitar o para estudar e ainda fiz dois cursos profissionais.
NÃO TENHO A CERTEZA! SÓ LI OS CABEÇALHOS!
O NV diz que há alguns recem-licenciados no desemprego mas penso que li uma notíca no RV que dizia que havia 47 vagas numa empresa.
Afinal nem tudo é mau, e espero que, se calhar esta empresa não procura a especialidade dos que sairam no NV, outros recem-licenciados vizelenses tenham "colocação"
O que sinto após ter o "canudo " na mão? Não sinto, porque ainda não me deixarem sentir o privilégio de exercer a profissão com que tanto sonhei sabendo que há mta falta dela por estes hospitais, mas que no momento a palavra de ordem é CONTENÇÂO..Pobres doentes, que tanto tem de esperar pelo cuidar atento do enfermeiro. Ainda tenho esperança..penso que será apenas uma fase , se não for irei exerce-la num outro país...
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