A propósito do Orçamento de Estado 2008

É inegável que o debate foi ganho (mais uma vez) pelo actual Primeiro-ministro, José Sócrates.
Tive oportunidade de assistir ao debate pela TV, e há 3 ideias principais que me ficam marcadas.
Uma delas tem a ver que parece que estamos perante uma espécie de Pinto da Costa da política. Onde ninguém é capaz de lhe fazer frente, ou pelo menos não têm argumentos para tal. A única diferença é que o máximo de mandatos no governo é apenas 3. Se por um lado é verdade que ainda estamos a meio do 1º, por outro não é menos verdade que neste momento não existe ninguém capaz de fazer verdadeiramente frente ao Sócrates.
Ou talvez exista esse alguém… e aqui entra a segunda ideia. Seu nome é Francisco Louça. O problema dele é que está no partido errado para poder fazer realmente fazer frente e possivelmente conseguir derrotar o Primeiro-ministro. Sim, é verdade… neste momento é o único político que seria capaz de abalar a sério o governo. Mas como a nível nacional (ao contrário do local) o vira-casaca dá bastante nas vistas… resta ao Louça fazer aquilo que tem feito até hoje. Eu aprecio.
“E os outros”... Parece-me claro que são simplesmente assistentes de uma bancada que apenas têm o direito de falar. Mas que, no fundo, não dizem nada de jeito. Falo como é óbvio, entre os outros, do Santana Lopes.
Até agora não tomei em nomes de partidos, porque acho que as pessoas não o deviam fazer. Primeiro deviam olhar para a pessoa que está a dar a cara e só depois olhar para o partido de quem dá a cara.
Mas falar de Santana Lopes, é inevitável falar do PSD… partido que acho que morreu! Não tem vida, não tem novidade, e nem a entrada do Menezes parece ter mudado alguma coisa… ao contrário do que se pensaria no início. Daí que, no meu ver, o Sócrates tem o caminho livre para fazer a tal campanha do Pinto da Costa, sem ninguém (excepto Louça, mas como este está no partido errado) capaz de estragar os planos.